​Prefeito trata sobre recuperação da Madeira Mamoré em reunião no MPF

​Município já tem planejado pelo menos 17 intervenções na área do complexo.

Comdecom
Publicada em 29 de março de 2017 às 09:43
​Prefeito trata sobre recuperação da Madeira Mamoré em reunião no MPF

Definir o que a Prefeitura de Porto Velho pode fazer em termos de intervenção na Estrada de Ferro Madeira Mamoré foi o principal assunto de uma reunião ocorrida na Procuradoria Regional da República, em Porto Velho, (PGR) da qual participaram o prefeito dr Hildon Chaves, a procuradora de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e do Consumidor, do Ministério Público Federal (MPF), Gisele Bleggi, representantes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e o presidente da Fundação Municipal de Cultura (Funcultural), Antonio Ocampo.

Para o prefeito dr Hildon Chaves, fechar um acordo entre o que pode e não pode ser feito no complexo é necessário para que a prefeitura possa iniciar o projeto de revitalização do principal patrimônio histórico de Porto Velho.

“Esse é um assunto importante porque é o sobre o destino da Madeira Mamoré que estamos tratando. Esse entendimento tem ser uma construção coletiva. E nesse sentido, já iniciamos com o Iphan a conversa para que seja determinado o que será possível ser feito dentro do complexo, já que estamos prestes a recuperar esse importante patrimônio da nossa cidade”, explicou o prefeito.

A reunião, ocorrida na segunda-feira (27) foi a primeira de uma série que será realizada até se chegar a um entendimento definitivo sobre o assunto, incluindo as pendências existentes na justiça. Resolver essa questão, na avaliação de todos presentes à reunião, é de primordial importância para que a prefeitura possa iniciar a recuperação do espaço histórico.

Há uma semana, por meio de uma decisão liminar, o desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região (TRF1), determinou que União suspenda o contrato de cessão de uso gratuito firmado com o município e retome a administração do Complexo da EFMM. Com essa decisão, o município não pode realizar nenhum tipo de intervenção no complexo da Madeira Mamoré.

Por sugestão da procuradora Gisele Bleggi, do MPF, a Procuradoria da República, a prefeitura, a SPU e o Iphan, em uma ação conjunta, recorrerão à Justiça para pedir a reconsideração da decisão para que o município possa iniciar a obra de reforma da ferrovia. O presidente da Funcultural, Antônio Ocampo, adiantou que há pelo menos 17 ações previstas para serem realizadas no espaço.

Também não está descarta a revisão ou a elaboração de um novo termo de cessão. O atual, que foi suspenso pela Justiça, tem vigência de 20 anos e abrange 80% do complexo, por causa da presença da Marinha em um dos galpões. Com o repasse desse galpão para o município, a prefeitura passará a ter abrangência em 100% do complexo.

Na reunião, o prefeito dr Hildon Chaves também defendeu que o prazo de concessão seja ampliado para 50 anos. “Esse é um período razoável para o projeto que pretendemos instalar na Madeira Mamoré, que será nos moldes da Estação das Docas, em Belém. Para que a estrada de ferro seja autosustentável é preciso pensar no retorno financeiro de quem for explorar o local”, explicou.

A Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos do Pará, localizado na área central de Belém, às margens do rio Guamá, foi restaurado pelo governo paraense e no local foram adaptados bares, praça de alimentação e espaços para shows de artistas locais. Para o prefeito de Porto Velho, tornar a Estrada de Ferro Madeira Mamoré auto sustentável é a única forma de manter o patrimônio histórico em pé.

Comentários

  • 1
    image
    PAULO DA SILVA FERREIRA 29/03/2017

    PQP, sera que lembram que teve ate governador que foi eleito em cima do assunto acima.

Envie seu Comentário

 
Winz

Envie seu Comentário

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook

Cármen Lúcia: precisamos superar o estado patrimonialista brasileiro
CNJ

Cármen Lúcia: precisamos superar o estado patrimonialista brasileiro

Para a ministra Cármen Lúcia, a situação reforça que o estado patrimonialista brasileiro ainda não foi superado. “Realço a impossibilidade de um juiz permanecer na magistratura com esse tipo de conduta a ensejar que não se tenha a superação de um estado de pouca civilidade”, diz a ministra.