Pacientes têm palestra sobre hanseníase, tratamento e cura

Apresentação defendeu a importância do diagnóstico aos primeiros sintomas da doença.

Comdecom
Publicada em 08 de julho de 2017 às 09:50
Pacientes têm palestra sobre hanseníase, tratamento e cura

Quem compareceu na manhã desta sexta-feira (7), ao CEM (Centro de Especialidades Médicas) de Porto Velho foi surpreendido por uma grande ação de saúde preventiva de esclarecimento sobre hanseníase, com palestra sobre a doença, transmissão, sintomas e tratamento que, seguido à risca, leva à cura.

Enquanto aguardavam triagem ou ser chamado aos consultórios, os pacientes assistiram à palestra feita pela auxiliar de enfermagem Glauciete de Freitas, do programa de hanseníase do centro. A hanseníase é transmissível – o contágio ocorre através de secreções nasais, gotículas de saliva, tosse, espirro – causada pelo bacilo mycrobacterium leprae.

A iniciativa foi da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) por orientação do prefeito de Porto Velho, dr Hildon Chaves, que tem determinado a realização de ações e eventos sobre as mais diversas doenças, formas de contágio, prevenção e tratamento.

Apesar de não hereditária, dependendo do sistema imunológico do acometido a hanseníase pode ser facilmente transmitida. De acordo com dados do centro de especialidades, que começou a funcionar em 2014, até agora 93 pacientes foram diagnosticados com a enfermidade. Desses, 26 estão em tratamento no CEM, enquanto que os demais foram transferidos para acompanhamento nas unidades básicas de saúde do município. Isso apenas em Porto Velho e nesse período de tempo.

O acometido pela hanseníase, que atinge pele e nervos periféricos, pode ter sérias limitações e até incapacitações físicas. No Brasil a ocorrência da doença deve ser rigorosamente investigada. “Às vezes, quem tem a doença não sabe, embora apresente sintomas comuns como sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades – pés, mãos – manchas brancas ou avermelhadas, além de perda de sensibilidade quanto ao frio, calor, dor de tato dentre outros”, informou Glauciete.


 

CURA

Antes responsável pela segregação social de suas vítimas, normalmente alojados em abrigos longe dos centros urbanos, a hanseníase hoje tem cura. O tratamento, dependendo do estágio, pode durar de seis meses a um ano. Feito por via oral, o combate à doença é constituído pela associação de poliquimioterapia. “Quando há uma ocorrência, não apenas o paciente, mas toda sua família deve ser tratada para evitar que haja novo contágio.

Além da apresentação, os presentes ao CEM ouviram também o depoimento de Fredison de Oliveira. Ele tem 31 anos e trabalha na unidade e relatou que aos 17 anos teve hanseníase, fez o tratamento e curou-se. “Interessante a iniciativa porque a informação é a base de tudo, principalmente para prevenção e cura. Antes, o doente vivia isolado, mas hoje, se fizer o tratamento correto, ao invés do isolamento terá a cura”, disse Valmira Roca, que aguardava consulta.

 

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