Carlos Terceiro, de Brasília/DF

Se formos fazer uma análise sob a ótica da razão, vamos encontrar culpados pelo atraso na transposição nos quatro cantos desse imbróglio e seguramente os sindicalistas não escapam, afinal, foram eles o tempo que pregaram a tese de que os seus filiados estariam nos quadros da União até 1991, mesmo tendo a EC 60 explicitamente assegurado que seria até 15 de março de 1987. E foram os mesmos que enviaram (pensando que os técnicos do governo iriam engolir “goela à baixo”) mais de 20 mil processos para serem analisados, tumultuando ainda mais as análises. Na época, estava acontecendo uma campanha política e TODOS estavam em volta de um candidato ao governo. Talvez seja por isso que nenhum retornou a presidência dos seus sindicatos, derrotados pelo processo eleitoral dos servidores. Como era campanha política, toda “promessa” era válida.

O que se pode fazer é o que sempre defendemos nessa coluna: demonstrar ao governo federal que nesse país existe uma Constituição Federal e para isso o STF tem o dever de assegurar os direitos nela escritos.

Os servidores podem quebrar Rondônia inteira que nada vai acontecer, porque o Estado, fleumático que é, pouco se importa com seus súditos. Mesmo sem muita paciência, os sindicalistas devem nesse momento utilizar a inteligência emocional e se juntar à bancada federal para que mude o discurso, atacando na forma jurídica, fazendo os técnicos do Ministério do Planejamento entender que no nosso estado não tem idiotas e que a CF/88 tem que ser respeitada. Vamos todos ao Supremo Tribunal Federal, acampar na frente e chamar a atenção da mídia nacional, porque o problema agora não é com a bancada é com a Justiça, pelo descumprimento da norma fundamental.