Tomás Correia critica decreto que exclui cana de açúcar da região amazônica

" Não já justificativa plausível para o impedimento do cultivo da cana na região amazônica. Até porque não está sendo feito em áreas a serem desmatadas, mas em áreas já degradadas e desmatadas".

Publicada em 08/11/2012 às 12:37:00

O senador Tomás Correia (PMDB-RO) relatou, nesta quinta-feira (8), no Plenário do Senado, as dificuldades pelas quais passam os produtores rurais de Rondônia, sobretudo os do setor canavieiro. O parlamentar criticou o Decreto 6.961/2009, que exclui a região amazônica do zoneamento agroecológico para o plantio de cana de açúcar, resultando na paralisação de empreendimentos importantes, como a destilaria de álcool no município de Cerejeiras.

– O empreendimento foi licenciado em 2007, com investimento de R$ 18 milhões. Mais de 2 mil mudas de cana estão sendo cortadas e jogadas fora. A continuar tal situação, 120 funcionários vão perder seus empregos – lamentou.

Tomás Correia ressaltou que a proteção do ecossistema é de interesse de todos, mas ponderou que não se pode negar a possibilidade de exploração econômica quando todos os cuidados relativos à preservação ambiental são tomados.

– Não já justificativa plausível para o impedimento do cultivo da cana na região amazônica. Até porque não está sendo feito em áreas a serem desmatadas, mas em áreas já degradadas e desmatadas – justificou.

O senador pediu aos colegas apoio para a aprovação do PLS 626/2011, do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que autoriza o cultivo de cana-de-açúcar em propriedades localizadas em área de cerrado e campos gerais na Amazônia Legal. Para Tomás Correia, a aprovação da matéria, que já tem parecer favorável da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), poderia anular os efeitos negativos do decreto sobre as atividades econômicas no estado.

- Somos uma potencia ambiental e energética. Não faz sentido a imposição de barreiras legais e burocráticas a expansão sustentável e com critérios de zoneamento. Produtores que querem investir em Rondônia estão impedidos de fazê-lo - afirmou.

Agência Senado