Segurança pública – prioridade esquecida depois das eleições

Espera-se que as senhoras e os senhores que governarão esse Estado, a partir de janeiro de 2019, saibam enfrentar a questão de maneira vigorosa e definitiva.

Valdemir Caldas
Publicada em 06 de agosto de 2018 às 10:57
Segurança pública – prioridade esquecida depois das eleições

(*) Valdemir Caldas

A segurança dos cidadãos é um tema sempre presente no debate entre os candidatos a governo de Rondônia. A omissão seria uma atitude intolerável. Passada a disputa, porém, o assunto volta a cair no esquecimento, com a sociedade sendo entregue de pés e mãos atados à marginalidade de todos os matizes.

Pesquisas, recentes ou não, apontam ser a violência uma das maiores preocupação dos brasileiros. Saúde e emprego vêm depois. São os reflexos dos que já sentiram na própria pele a criminalidade em suas formas mais diversas. Qualquer proposta, aliás, em qualquer nível da Federação, precisa salientar esse conteúdo. Nas eleições de outubro, portanto, é de se esperar outra postura daqueles que pretendem conduzir os destinos deste Estado.

Em Rondônia, a violência chegou a níveis assustadores. A situação é grave, comparada a um barco, em meio à borrasca,sem timoneiro,completamente desorientado. A população perdeu completamente a paz. Uma simples ida ao caixa eletrônico podevirar um pesadelo. Nem mesmo dentro de casa as pessoas têm sossego. O Estado não consegue, seja por incompetência, seja por negligência, garantir a integridade de seus cidadãos, que pagam pesados impostos para essa e outras finalidades.

Pedir, dessa forma, que as pessoas de bem, que gozam de sua liberdade, sintam-se amparadas pelo poder público, não deixa de ser uma missão quase impossível. Diariamente, as páginas dos jornais locais aparecem pejadas de casos de violência. Vidas inocentes são ceifadas como um papel inútil que se joga na lata do lixo. Muitos crimes caem na vala comum do esquecimento, enquanto famílias sofrem a perda de seus entes queridos. Pessoas são executadas, à luz do dia, por pistoleiros montados em motocicletas, que depois somem sem deixar pistas. A polícia até
que se esforça para fazer o seu papel, mas faltam-lhe, em essência, as mínimas condições de trabalho para o cumprimento de seu
dever constituição.

Espera-se que as senhoras e os senhores que governarão esse Estado, a partir de janeiro de 2019, saibam enfrentar a questão de maneira vigorosa e definitiva. Porto Velho está crescendo e, a tendência, com todos os obstáculos naturais daí decorrentes, é que a criminalidade continue vencendo a luta.

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