Se os cálculos da prefeitura estiverem certos, a extinção do quinquênio é fato consumado

Para vereador, "não se trata de ser contra o servidor, como muitos apregoam, cavilosamente, mas uma questão de responsabilidade".

Publicada em 21 de fevereiro de 2017 às 10:26:00

Valdemir Caldas

 

Se ficar comprovado pela equipe do prefeito Hildon Chaves (PSDB) que a manutenção do quinquênio dos servidores do município de Porto Velho inviabilizará a administração nos próximos dois anos, não lhe restará outra opção senão a extinção. “Melhor agir agora do que deixar para amanhã e o prefeito não ter dinheiro para cobrir a folha nem realizar obras importantes para a população”.

A opinião é de um vereador da base aliada, para quem a deflagração da grave foi uma decisão extemporânea, já que o prefeito havia pedido um prazo de noventa dias aos representantes da categoria para estudar e apresentar uma solução definitiva para o problema.

Para ele, não se trata de ser contra o servidor, como muitos apregoam, cavilosamente, mas uma questão de responsabilidade. “Respeito o direito que tem o servidor de lutar pelos seus interesses, mas é preciso que as coisas sejam feitas desapaixonadamente, sem emocionalismo ou sectarismo”.

Ainda de acordo com o parlamentar, o país atravessa uma crise financeira tremenda, levando de roldão estados e municípios, muitos dos quais estão praticamente falidos, sem recursos para manter a máquina operando e pagar os salários dos servidores. “E não é isso o que desejamos para o município de Porto Velho”.

A base aliada do prefeito, disse ele, tem consciência da gravidade do problema e não vai tomar nenhuma decisão que, eventualmente, possa prejudicar os servidores. Isso é fato. “Eles são importantes para o funcionamento da máquina oficial, mas não podemos pensar e agir isoladamente, vendo apenas uma parcela da população, mas sim a sociedade como um todo”.