Resenha Política - Robson Oliveira

Mariana Carvalho: Ser ou não ser candidata, eis a questão? Pimentel, O Mal- humorado, e sua candidatura desidratada. Não será surpresa pra ninguém da administração estadual caso haja problemas sérios para auxiliares governamentais...

Publicada em 19 de July de 2016 às 12:25:00

Definição

 

Embora o ex-promotor Dr. Hildon Chaves tenha manifestado interesse em ser o candidato a prefeito da capital pelo PSDB, caso a deputada federal Mariana Carvalho anuncie publicamente que não tem pretensões em disputar, os tucanos estão no maior impasse porque a parlamentar vem procrastinando o anúncio, o que impede a direção partidária de definir os detalhes da convenção.

 

Manobra

Mariana Carvalho manobra para adiar a convenção tucana até o último dia do calendário eleitoral e sinaliza que mesmo desistindo da disputa não tem interesse em manifestar apoio ao ex-promotor. A deputada tem reunião agendada com a direção do PSDB para avaliar a questão, mas o presidente municipal do PSDB, Lindomar Sandubas, cuja ligação com a parlamentar é umbilical, acredita que ela tomará uma posição final em relação à candidatura. Aliás, não é a primeira reunião com a mesma pauta: nas anteriores, Mariana manobrou e empurrou a decisão com a barriga.

Hipótese

Na remota hipótese de Mariana Carvalho confirmar a candidatura, passa a ser a principal adversária da reeleição de Mauro Nazif (PSB), mesmo não sendo aquela candidata que empolgou o eleitorado jovem nas eleições passadas já que Léo Moraes (PTB), também pré-candidato, divide esse nicho eleitoral.

Balão

 Já Williames Pimentel, pré-candidato do PMDB, mobilizou inicialmente a militância do partido na capital com certo barulho. No entanto, dá sinais de fadiga eleitoral e necessitará mais do que barulho para empinar o balão da campanha antes que murche precocemente. É o primeiro pré-candidato com convenção marcada para ser homologada a candidatura. Neste quesito, acertou! 

Destemperado

As últimas notícias da pré-campanha peemedebista não são alvissareiras para o candidato que tem o apoio dos principais caciques da legenda. O problema é que falta índio nessa militância para que o barulho chame a atenção do eleitorado. Outro ponto frágil é o humor do Pimentel que oscila de acordo com as circunstâncias e não raro dispara impropérios para todos os lados, em especial para os mais próximos. Conhecido como gestor operante vai tentar explorar esta virtude na campanha para inflar o balão. 

Lorota

Mesmo realizando algumas pequenas obras de asfaltamento – típicas de época das campanhas – o neossocialista Mauro Nazif vai ralar para justificar a fama de a cidade ser a capital mais feia do país. Passou três anos sem executar nada estruturante de importância no município que é castigado pelas enchentes no inverno e pela poeira no verão. O sistema de transportes coletivos tem apresentando problemas mesmo com as mudanças realizadas e os viadutos, obra que Nazif prometeu na campanha passada concluir e continua inconcluso. É uma administração risível, embora os asseclas e o próprio prefeito propaguem a lorota que seja uma maravilha.

Editorial

Muito bem abalizado o editorial do site Rondoniadinamica.com ao avaliar a dicotomia que invade os domingos do blogueiro Confúcio Moura ao abordar temas governamentais. Confúcio blogueiro é completamente distinto do Moura governador. O primeiro critica as ações do segundo, e no segundo, enaltece o ego do primeiro, embora ambos residam no mesmo corpo.

Desmate

Não será surpresa pra ninguém da administração estadual caso haja problemas sérios para auxiliares governamentais na esfera ambiental. Apesar do mandatário divagar eventualmente sobre o assunto e criticar o desmatamento, os dados colhidos pelos órgãos fiscalizadores revelam que a perversidade do desmate mantém-se em ordem crescente. O curioso, segundo matéria publicada no jornal paulista Estadão, é que o setor madeireiro foi o que mais contribuiu para a campanha de reeleição de Confúcio Moura. Daí, nada pode surpreender!

Tapetão

Em regra as Instituições Federais de Ensino Superior gozam de dotação orçamentária, independência política e administrativa. Entretanto na UNIR esta regra comezinha adotada pelo Ministério da Educação desde o final da ditadura está correndo o risco do retrocesso por ação insana de um grupo minoritário de professores que decidiu criar todos os obstáculos imagináveis, de forma rasteira e vil, para impedir a posse do reitor eleito, professor Ari Ott. A regra de nomear o candidato mais votado não pode ser mudada agora depois do jogo jogado. É preciso que a bancada federal reaja e exija que o MEC mantenha a regra e nomeie imediatamente e definitivamente o reitor eleito pela vontade da comunidade acadêmica. Ott está respondendo pela reitoria de forma pro-tempore e aguarda pacientemente há mais de dois meses a nomeação definitiva. Esta coluna já alertou que todas as vezes que o MEC se imiscuiu em mudar o resultado das eleições internas se deu mal, dessa vez não será diferente caso tente. Universidade tem que ser livre e insurgente para não cair na mediocridade. Embora haja medíocre em todas as instituições. 

Mineirice

O parlamentar federal rondoniense que mais conseguiu abrir espaço junto ao presidente Michel Temer foi o deputado federal Lúcio Mosquini (PMDB). Não há uma demanda encaminhada à Presidência da República pelo deputado que deixe de ser atendida. 

Férias

Por duas semanas deixamos de atualizar a coluna para gozar férias merecidas. Cá estamos nós de novo ao batente em ano eleitoral!