Representantes da Uber entregam 816 mil assinaturas contra o PLC 28/2017

Na opinião dos representantes da Uber, se o texto for aprovado no formato que veio da Câmara, o serviço será extinto.

Agência Senado 
Publicada em 10 de outubro de 2017 às 15:08
Representantes da Uber entregam 816 mil assinaturas contra o PLC 28/2017

Geraldo Magela/Agência Senado
Representantes da Uber, multinacional prestadora de serviços na área do transporte privado urbano, estiveram nesta terça-feira (10) no Senado Federal para entregar ao secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, 25 caixas com mais de 816 mil assinaturas coletadas durante uma semana contra o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 28/2017, que busca regulamentar a atividade.

Aprovado em abril pela Câmara dos Deputados, o PLC traz uma série de exigências para esse tipo de serviço que usa aplicativos de smartphones funcionar nos estados brasileiros. O projeto está em análise na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), sob relatoria do senador Pedro Chaves (PSC-MS), mas poderá ser votado diretamente no Plenário se for aprovado o requerimento de urgência apresentado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE).

Na opinião dos representantes da Uber, se o texto for aprovado no formato que veio da Câmara, o serviço será extinto. Eles defenderam que haja uma regulação, com delimitação de regras claras para o usuário, o motorista e a empresa, e pediram que a proposta siga um caminho menos apressado no Parlamento, com debates nas comissões temáticas e a participação de todos os envolvidos com o tema. Para o diretor de comunicação da Uber Brasil, Fabio Sabba, o texto alternativo de Pedro Chaves é mais adequado que o projeto original.

— A gente acredita que tem que ter regulações que vejam a tecnologia, que se criem leis novas para lidar com a tecnologia, não pegar um modelo velho e colocar em cima de uma tecnologia nova. O PLC 28/2017 [como veio da Câmara] não é regulação, é proibição velada — opinou.

Ao receber os documentos, Luiz Fernando Bandeira afirmou que as assinaturas iriam ser reunidas e organizadas.

— Nós temos aqui uma divisão de opiniões. Uma parte apoia a forma original do Projeto de Lei Câmara 28, que aparentemente seria mais benéfico a taxistas e outros entendem que deveria ser reformulado, para beneficiar um pouco mais os motoristas de Uber. De toda forma, essa decisão em mérito, será tomada pelo plenário do Senado Federal, certamente após passar, pelo menos, por uma comissão, posição que vem se desenhando até o momento — disse.

O motorista da Uber de Florianópolis Daniel Siebel é cadeirante e trabalha na empresa há um ano. Ele afirma que a empresa e todos os motoristas são a favor da regulamentação, mas não dos termos da PLC 28/2017. Segundo Daniel, “todos querem que vejam com mais calma [o texto] e que não façam uma coisa acelerada sem ver o que está sendo assinado”.

Comentários

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    cassio 10/10/2017

    Esqueceram de colocar o meu comentário!! foi mais ou menos o seguinte: e como ficam os milhões de usuários que não puderam se manifestar com a continuidade dos serviços do UBER?, como fica? só podem se manisfestar os que são contrarios? isso está correto?

  • 2
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    Valdecir s Santos 10/10/2017

    Conseguir assinaturas pagas fica fácil pois o uber estava pagando para que os motoristas  consegui se  o maior número de assinatura  possível. Uber escravo do diabo.

  • 3
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    Afonso Nogueira 10/10/2017

    Realmente do jeito que está não pode ficar uma bagunça pra uber uma maravilha os 25% no bolso o resto que se exploda o transporte de pessoas no Brasil não pode ser feito por um serviço pirata do outro lado do mundo SIM as leis do nosso país

  • 4
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    cassio 10/10/2017

    Que engraçado!! as pessoas fizeram assinatura de abaixo assinado e como ficam os milhões de brasileiros que desejam o serviço do UBER ? não são considerados porque?

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