Projeto de professores indígenas de Cacoal é semifinalista no Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos

O projeto foi o único selecionado da Região Norte e deverá concorrer com outros dois. A cerimônia ocorrerá dia 24 de novembro, em Brasília

Publicada em 31 de October de 2014 às 16:50:00

Os professores da Escola Indígena Sertanista José do Carmo, em Cacoal, são semifinalistas na 4ª edição do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos com o projeto “Construção e Normatização da Língua Paiter”, que promove o ensino da língua Paiter suruí aos alunos da etnia.

O projeto foi o único selecionado da Região Norte e deverá concorrer com outros dois. A cerimônia ocorrerá dia 24 de novembro, em Brasília, e o vencedor receberá R$ 15 mil como prêmio.

A partir de livros lançados pelos os professores, os alunos indígenas aprendem a língua nativa tanto falada como escrita. Até o momento, três livros já foram lançados e um está em fase de conclusão. O projeto foi selecionado junto com outros 200 de todo o país e passou para a fase semifinal do concurso.

Nesta semana, a escola junto com Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Cacoal receberam a visita da consultora do Ministério da Educação (MEC) Sandra Nascimento que veio conhecer o projeto para defendê-lo na banca de escolha do vencedor.

Sandra afirmou que o projeto ainda pode crescer muito repassando o aprendizado da língua e cultura Paiter suruí até mesmo para as escolas não indígenas. “É um bom projeto, faz a diferença na vida das pessoas da aldeia, mas se o projeto estivesse presente também nas escolas não indígenas, estaríamos promovendo a interculturalidade”, finalizou Sandra.