Projeto de professores indígenas de Cacoal é semifinalista no Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos
O projeto foi o único selecionado da Região Norte e deverá concorrer com outros dois. A cerimônia ocorrerá dia 24 de novembro, em Brasília
Os professores da Escola Indígena Sertanista José do Carmo, em Cacoal, são semifinalistas na 4ª edição do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos com o projeto “Construção e Normatização da Língua Paiter”, que promove o ensino da língua Paiter suruí aos alunos da etnia.
O projeto foi o único selecionado da Região Norte e deverá concorrer com outros dois. A cerimônia ocorrerá dia 24 de novembro, em Brasília, e o vencedor receberá R$ 15 mil como prêmio.
A partir de livros lançados pelos os professores, os alunos indígenas aprendem a língua nativa tanto falada como escrita. Até o momento, três livros já foram lançados e um está em fase de conclusão. O projeto foi selecionado junto com outros 200 de todo o país e passou para a fase semifinal do concurso.
Nesta semana, a escola junto com Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Cacoal receberam a visita da consultora do Ministério da Educação (MEC) Sandra Nascimento que veio conhecer o projeto para defendê-lo na banca de escolha do vencedor.
Sandra afirmou que o projeto ainda pode crescer muito repassando o aprendizado da língua e cultura Paiter suruí até mesmo para as escolas não indígenas. “É um bom projeto, faz a diferença na vida das pessoas da aldeia, mas se o projeto estivesse presente também nas escolas não indígenas, estaríamos promovendo a interculturalidade”, finalizou Sandra.