Principais cargos de liderança do Governo de Rondônia são ocupados por servidores de carreira

Pela primeira vez, na história de Rondônia, quase todo o primeiro escalão da administração estadual é formado por técnicos oriundos do próprio serviço público.

Texto: Nonato Cruz Fotos: Ésio Mendes
Publicada em 27 de outubro de 2017 às 14:45
Principais cargos de liderança do Governo de Rondônia são ocupados por servidores de carreira

Maioria dos cargos de liderança do Estado são ocupados por servidores de carreira

Pela primeira vez, na história de Rondônia, quase todo o primeiro escalão da administração estadual é formado por técnicos oriundos do próprio serviço público. Como servidores de carreira, os secretários, adjuntos e diretores de departamentos, por exemplo, conhecem melhor a estrutura administrativa e fazem fluir melhor a gestão.

“É uma decisão pessoal do governador Confúcio Moura”, explica Emerson Castro, secretário- chefe da Casa Civil e um dos três que não são servidores públicos de carreira.

Segundo Castro, a escolha do governador para os cargos estratégicos da administração estadual valorizam o servidor público. Ter no primeiro escalão técnicos que conhecem bem a gestão privilegiam a dinâmica da administração. “Os procedimentos e as políticas em andamento fluem com facilidade”, acrescenta.

Wagner Garcia de Freitas e Franco Ono, secretário e adjunto da Secretaria de Finanças (Sefin), são um exemplo. Ambos são concursados e fizeram carreira como auditores fiscais. Ono já foi titular da pasta numa administração anterior.

A dupla conduz a agenda financeira do estado e é uma das responsáveis pelo cumprimento do ajuste fiscal que coloca Rondônia entre os poucos estados a terem dinheiro honrar compromissos e fazer investimentos em plena crise.

Mas há outros casos. O rondoniense George Braga, da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), é funcionário do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, onde exerceu diversos cargos em sua especialidade.

Secretário de Finanças, Wagner de Freitas

Na Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o titular não é de carreira. Entretanto, Márcio Félix, o secretário-adjunto, é servidor estadual e já esteve em outra pasta na atual gestão.

Também são servidores públicos de carreira o secretário e adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Williames Pimentel já atuou em vários cargos, inclusive na administração municipal e federal. Luiz Eduardo Maiorquin, o adjunto, é médico dos quadros da secretaria e eventualmente combina a função administrativa com a de profissional da saúde. Mas estes são apenas alguns dos casos.

PGE

Há ainda, o caso específico da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O procurador-chefe Juraci Jorge é do quadro do órgão. Mas ele inaugura esta era. Um decreto do governador Confúcio Moura estabelece que o procurador-geral tem que ser, também, procurador estadual. Antes, o cargo poderia ser ocupado por outro profissional do direito nomeado pelo governador.

Na Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, o comando também é de delegados e oficiais militares. Também são oriundos da PM os secretários do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e Justiça (Sejus).

Para Emerson Castro, o conhecimento que o servidor de carreira traz contribui decisivamente para a administração estadual. “Cada um destes técnicos, com o profundo conhecimento em suas áreas, é fundamental para que as políticas públicas do governo sejam aplicadas com zelo e determinação”, argumenta.

“Eles conhecem o pensamento do governador e sabem como as tarefas devem ser cumpridas”, acrescenta Castro.

A outra vantagem é que fica a memória para o futuro. Se um futuro governador necessitar de alguma informação de algum programa, por exemplo, saberá onde encontrar o servidor para consultá-lo.

GRADUAÇÃO

A valorização do servidor também é feita em forma de qualificação. Pelo menos 10 mil têm oportunidade de fazer graduação através da Escola de Governo. Na Polícia Militar, a tropa é estimulada a progredir com o fluxo para as promoções. Todos podem ascender a postos superiores.

Também faz parte da política de valorização do servidor o Premio Boas Ideias, que oferece recompensa em dinheiro para o funcionário que apresenta projeto inovadores com soluções que favoreçam o servido público.

O sentimento de lealdade com o cidadão que deve prevalecer no serviço público é um dos temas que Confúcio Moura costuma abordar nas reuniões com funcionários. Ele também estimula a busca pelo conhecimento para o crescimento pessoal e profissional de cada um. “As oportunidades estão aí para todos. O estado precisa de profissionais cada vez mais qualificados”, diz.

Comentários

  • 1
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    Maria Lucia 28/10/2017

    Muito triste!!! A Educação também tem profissionais de carreira.

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