Papai Noel – Picareta da Humanidade

Igual a política vigarista... Só aparece em período eleitoral... Esse velho calhorda... Só aparece no período do natal...

Publicada em 04 de December de 2014 às 08:18:00

Além da transputaria, começou a fuleragem...
Chegou o mês do Velho Picareta
O pai do consumismo
Velho ordinário da mutreta
Preparem os bolsos e o cartão de crédito
Ele vem de trenó, enganando até o João da muleta.

Igual a política vigarista
Só aparece em período eleitoral
Esse velho calhorda
Só aparece no período do natal
É como em fevereiro
Aparece o carnaval.

Está na televisão
Em tudo quanto é jornal
Está na sua cabeça
Na criança que toma gagal
O velho é esperto
Um artista fenomenal.

Quantos anos tu tens?
Seu velho imoral?
Que planeta tu habitas
Seu velho mentiroso vagal
Aliciador de crianças
No período do natal.

As crianças estão eufóricas
Por causa desse velho bandido
Já estão escrevendo cartas
Pra esse estelionatário fazendo pedido.
O capitalismo vende essas ilusões
Ninguém se toca que está sendo iludido.

Brasileiro é bicho besta
Ele gosta de halloween , papai Noel, pica-pau...
Parte alienada da sociedade
Gosta mesmo é de lixo cultural.
Parém de enganar suas crianças
Magote de idiotas movidos pelo irracional.

Esse velho charlatão
Diz que vai deixar presente descendo na chaminé.
Alias, se lá em casa tivesse uma
Eu ia tocar fogo na bunda desse Zé Mané
Pense, num poeta que gosta desse velhaco
E nele bota a maior fé.

Se esse velho vendedor de ilusão
Tivesse se encontrado com lampião e o cangaceiro jararaca
Ele teria ficado sem essa barba cheia de carrapato
Os dois teriam feito ela com uma cega faca
E no lombo do estranho
Tinham arriado a macaca.

Se eu tivesse poder
Eu iria acabar com a farra desse velho rabugento
Eu trocaria ele pelo saci pererê
E daria as contas desse velho fedorento
Ou então colocaria no seu lugar
Nezin do jegue e aquele seu belo jumento.

Tá com pena desse velho patife
Arrume uma cama pra ele na sua casa
De baixo da cama dele
Espalhe bastante brasa
Ele vem da região da Lapônia
Não foi do território ocupado de gaza.

Eu já cruzei os sete mares
E nunca vi essa ilusão que tu pregas.
Pra estudar quando criança
Andava no lombo de uma égua
Eram quase cinco quilômetros
Travava uma luta contra a ignorância sem tréguas.

Todo ano em Dezembro
Nessa coluna sou sacaneado
Com comentários maldosos
Só porque falo a verdade desse velho safado
Eu só digo uma coisa:
Diante da hipocrisia eu não fico calado.

Francisco Batista Pantera Professor Jornalista Poeta e Secretario de Organização do PCdoB/RO.