Os piores cegos

Lula chegou à presidência da República apoiado por políticos do PMDB, como Renan Calheiro, José Sarney, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Gedel Vieira Lima, Jader Barbalho e Michel Temer, todos mais sujos do que pau de galinheiro.

Valdemir Caldas
Publicada em 19 de julho de 2017 às 11:00

Lula chegou à presidência da República apoiado por políticos do PMDB, como Renan Calheiro, José Sarney, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Gedel Vieira Lima, Jader Barbalho e Michel Temer, todos mais sujos do que pau de galinheiro. Juntos, eles mandaram e desmandaram no Brasil durante oito longos anos.

Dilma Rousseff elegeu-se presidente da República com a ajuda da mesma turma de Lula. Michel Temer deixou a vice-presidência para assumir o posto de Dilma, com o apoio decisivo de tucanos como o senador Aécio Neves.

Lula, Temer, Renan, Jucá, Aécio, Cunha, Gedel, Barbalho e Sarney, são, portanto, irmãos siameses. Jogam no time da malandragem, da esperteza, do “é dando que se recebe”, dos “Mateus, primeiro os meus”.

Diz o dito popular que o pior cego é aquele que não querer ver. Lula vai entrar para a história como o primeiro presidente da Republica Federativa do Brasil condenado por corrupção, mas o petismo insiste em querer transformá-lo num mártir, no político injustiçado e perseguido por inimigos cruéis.  

Para eles, Lula não poderia ser condenado, porque seus acusadores também são criminosos. Como cidadãos, renunciam seus direitos, dando, assim, um péssimo exemplo aos mais jovens, e acham que todo mundo deve fazer o mesmo, como se o povo fosse um bando de imbecis capaz de se amoldar aos seus caprichos e devaneios.

Os acontecimentos envolvendo o ex-presidente são graves. Há acusações, muitas delas, sobejamente comprovadas, com imagens, áudios e farta documentação. As denúncias não partiram de adversários políticos. Pelo contrário, são frutos de uma criteriosa investigação desencadeada por instituições na plenitude de suas funções.

O petismo quer ver Lula dispensado das acusações que lhe pesam sobre os ombros, porque “ele acabou com a fome de muitos brasileiros, construiu casas para outros tantos, e abriu as portas das universidades para os humildes”, como se isso o credenciasse a prosseguir, impunemente, metendo as mãos sujas no dinheiro público.

O juiz Sérgio Moro apenas cumpriu seu papel. Lula terá de prestar contas de seus atos à justiça e, principalmente, à sociedade. Não se trata da implantação de um regime de terror contra ele e seus companheiros, como argumentam alguns insanos, mas sim uma questão de justiça. O país não aceita mais conviver com a imoralidade. A paciência da população chegou ao limite com a impunidade dos que ainda se consideram acima da lei.

Winz

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