O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Maria dos Anjos (CDCA), representante de Rondônia na Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Anced/DCI Brasil) participou nos dias 20 e 21 de outubro, em Brasília, da oficina “Debatendo o Atendimento ao Autor de Violência Sexual e a Violência no Contexto das Redes Sociais e das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação”, que reuniu representantes de órgãos governamentais e não governamentais para debater a prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes e o atendimento as vítimas e autores dessa violência.

Na oficina, os participantes propuseram que o atendimento aos autores de violência sexual deve ser compreendido como medida fundamental para romper o ciclo da violência e evitar futuras reincidências. Neste sentido, foi estabelecido como prioridade a implementação de serviços de atendimento psicossocial a autores de violência sexual (AVS) contra crianças e adolescentes, com articulação intersetorial, envolvendo a saúde, assistência, segurança e justiça.

“Acredito que é importante reforçar a importância de implementação de políticas públicas que garantam o atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e também aos autores de violência. O atendimento psicossocial ao autor de violência sexual visa prevenir a reincidência de novos casos. O trabalho deve ter um caráter educativo e preventivo para que os autores compreendam e reconheçam o ato praticado e percebam a criança como sujeito de direitos e não como objeto de prazer”, enfatizou a representante do CDCA/RO e coordenadora colegiada da Anced/Seção DCI, Denise Campos.

Nos debates, os participantes ressaltaram a participação da criança e do adolescente, como eixo fundamental, para trabalhar a temática na perspectiva dos direitos humanos e o papel das tecnologias de comunicação e informação na formação dos sujeitos.

O evento foi realizado em parceria com o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, Ecpat Brasil e Cedeca RJ, com apoio da SDH – Secretaria de Direitos Humanos e Conanda.