Duas vezes prefeito de Porto Velho, e também duas senador, o advogado Odacir Soares cobrou do atual prefeito da capital “coragem para tomar decisões competentes e compromisso real com a população.” Ele disse que há dinheiro em ministérios a fundo perdido, mas que faltam projetos bem elaborados para atrair recursos.

Em 1970 quando assumiu a primeira vez como prefeito de Porto Velho, o advogado Odacir Soares decidiu realizar algumas obras que causaram reclamações de alguns segmentos, mas ao final seu trabalho foi reconhecido. “Ser bom administrador não exige que você seja jovem ou não. O que precisa é que se tenha coragem de enfrentar os problemas sem fugir ou desviar-se deles e, também, que se tenha competência”.

Uma das ações foi comprar uma usina de asfalto que foi instalada nas proximidades do Bairro Marechal Rondon, numa época em que a cidade acabava na Avenida Kennedy, atual Jorge Teixeira e, por isso foi criticado, mas ao final conseguiu provar que a capital rondoniense tinha de crescer para essa região.

“Porto Velho tem condições de ser uma cidade melhor, onde o cidadão tenha orgulho de morar, mas é preciso que o prefeito trabalhe desde antes de sua posse e, ao assumir, já tenha projetos definidos a curto, médio e longo prazo, agindo sem paternalismos e tendo coragem de enfrentar os problemas”.

Apesar de citado como provável candidato a prefeito de Porto Velho, Odacir Soares diz que suas recentes declarações a respeito da capital rondoniense estão sendo a sequencia de vários outros posicionamentos, “porque com isso pretendo alertar os que estão a frente da administração e, principalmente, o cidadão que no final é que paga a conta e, muitas vezes, uma conta Mara em que seus bens são depreciados em razão da inexistência de programas e de gestão competente”.

Para Odacir Soares,  é inadmissível que recursos venham para Porto Velho e que, "como tenho conhecimento, retornem por erros de elaboração de projetos ou, então, porque não se fez projeto nenhum. Tenho a certeza, pelas aberturas que tenha com ministérios importantes como o das Cidades, que dinheiro existe, mas o que falta é elaborar bem projetos”. E ele completa, “ esses recursos são a fundo perdido, quer dizer, não oneram os cofres municipais”.

Reportagem publicada no Jornal Alto Madeira nesta sexta-feira, 03/07/2015