No Dia Nacional de Luta, bancários de Rondônia vão ao Santander e Itaú por melhorias e garantia de emprego

O Dia Nacional de Luta acontece em todo o país nesta segunda-feira, com manifestações e protestos intensificando a mobilização em todo o país.

Publicada em 15 de September de 2014 às 15:16:00

Dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) foram, na manhã desta segunda-feira, 15/9, para a frente das agências do Santander e do Itaú localizadas na avenida José de Alencar, no Centro de Porto Velho, para ampliar o Dia Nacional de Luta que objetiva cobrar dos bancos uma proposta decente a ser apresentada na próxima sexta-feira.

O Dia Nacional de Luta acontece em todo o país nesta segunda-feira, com manifestações e protestos intensificando a mobilização em todo o país. O principal objetivo é pressionar os bancos a atender às reivindicações dos bancários que lutam por um salário decente, e melhores condições de trabalho, bem como combater as demissões, a rotatividade, os projetos de terceirização, as metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as discriminações nos bancos.

Em Porto Velho as agências do Itaú e do Santander tiveram o atendimento adiado em duas horas e, de acordo com o presidente do Sindicato, José Pinheiro, foram escolhidas por se tratar de dois bancos que, apesar de obterem números expressivos de lucro, estão entre os que mais demitem e perseguem os bancários.

“O Itaú é um dos bancos privados que mais lucra no Brasil e, mesmo assim, continua desrespeitando seus funcionários e praticando demissões injustificadas. Já o Santander se tornou o banco que promove uma verdadeira caça às bruxas, demitindo funcionários em massa em todo o país, mesmo aqueles com anos de dedicação à empresa. Em Rondônia, além de demitir, ainda fecharam uma das três agências e, com isso, promovem o fechamento de postos de trabalho e, consequentemente, o estrangulamento do atendimento nas demais agências, que tem que absolver a mão de obra da agência fechada permanentemente”, explica Pinheiro, que é membro do Comando Nacional dos Bancários e já nesta terça-feira retorna a São Paulo para participar das rodadas de negociação com a Fenaban.

Proposta decente

O Dia Nacional de Luta antecede as novas negociações com os bancos. O Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, fará na terça 16 e na quarta 17 mais duas rodadas com a Fenaban para discutir as questões pendentes das quatro jornadas de discussões realizadas até agora.

Os negociadores da Fenaban disseram que na terça irão apresentar o resultado do II Censo da Diversidade e os dados solicitados pela Contraf-CUT sobre os números de afastamentos de bancários no trabalho. Na quarta serão debatidos os temas pendentes das rodadas anteriores. Depois, eles vão se reunir com os presidentes dos bancos e ficaram de apresentar uma proposta econômica aos bancários provavelmente na sexta 19.

“Os bancos estão cientes de que os trabalhadores querem não apenas melhores salários, mas também itens importantes que fazem parte do dia a dia dos bancários, como as melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas, o fim do assédio moral, a garantia do emprego, o fim da rotatividade e do risco de terceirização, além de mais segurança e igualdade de oportunidades”, conclui o dirigente.