Lá, como nos quatro cantos do país, o nepotismo virou prática comum

A contratação de parentes é prática comum nos mais diferentes níveis da administração pública, apesar de ser proibida pela legislação brasileira.

Valdemir Caldas
Publicada em 20 de março de 2017 às 21:33

Com os olhos voltados para o noticiário do interior do Estado, muitos acabam não percebendo o que acontece em nível local, isto é, no quintal de nossas casas. Dai a tendência de achar que as coisas ruins são uma peculiaridade de prefeituras como a do município de Vilhena, por exemplo.

Afinal, é mais fácil criticar a prefeita daquela acolhedora cidade por ter inchado a folha de pagamento do município com a nomeação de parentes seus de políticos para os mais diferentes cargos do que imaginar algo mais ou menos equivalente sendo praticado muito mais perto de nós do que se imagina.

Mas quem assim pensa pode estar cometendo um grave erro de avaliação, embora por essas bandas a situação ainda não teria alcançado o nível de despudor a que chegou à administração vilhenense.

A contratação de parentes é prática comum nos mais diferentes níveis da administração pública, apesar de ser proibida pela legislação brasileira. Entretanto, para burlar a lei, agentes públicos criaram uma nova modalidade de crime, chamado de nepotismo cruzado ou transnepotismo, onde as partes envolvidas nomeiam parentes do outro.

O nepotismo é uma excrescência administrativa que precisa ser combatida, sem trégua, pelos órgãos competentes. Essa gente precisa ter responsabilidade para compreender que o serviço público não é um repasto à satisfação de parentes e aderentes de parlamentares e dirigentes públicos.

É preciso acabar com esse abuso, essa farra com dinheiro público, enquanto a população morre à mingua nas filas e nos leitos dos hospitais públicos por falta de médicos e medicamentos. Tal procedimento não cabe na moldura dos tempos modernos. 

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