Intensifica-se a corrida por cargos na prefeitura de Porto Velho

Valdemir Caldas

Publicada em 19 de janeiro de 2017 às 09:17:00

Intensifica-se a corrida por cargos na prefeitura de Porto Velho. A cada semana, o Diário Oficial aparece pejado com nomeações para os mais diferentes postos de mando, em sua maioria, indicações de políticos e dirigentes partidários.

É comum o inchaço da máquina oficial, em qualquer esfera da administração, toda vez que se instala no poder uma nova equipe. Junto com os dirigentes maiores instalam-se nas repartições, gabinetes e órgãos de onde emanam as decisões, além dos auxiliares do primeiro escalão, uma corte de assessores. Muitos não produzem absolutamente nada, ficam só enchendo linguiça.

Embora de tempos em tempos denunciados, o excesso de cargos comissionados e funções de confiança vê-se agravado praticamente a cada quatro anos, porque os eleitos não veem como fugir a promessa de empregar boa parte de seus cabos eleitorais.

 

E não se diga, contudo, que isso aconteça apenas na prefeitura da capital. Observe-se o caso da Câmara Municipal de Porto Velho. Há uma disparidade gritante entre o número de servidores efetivos (102) e comissionados (quase 300). Quem não deve gostar nada disso é o contribuinte, que paga a fatura todo mês.

Interessante os políticos. Durante a campanha prometem reduzir despesas. Alçados ao poder, parecem esquecer-se de que é o sinecurismo que eleva as folhas de pagamento aos píncaros. E o pior é que alguns revelam surpresa com a nomeação de parentes, mesmo contra todas as evidências, como se a população fosse constituída apenas de imbecis.