Governo do Acre pede que hidrelétricas de Rondônia diminuam vazão para evitar isolamento do estado

Já há regiões onde a lâmina d’agua está a cerca de 1 metro da rodovia.

Renata Martins - Agência Brasil/EBC| Foto: Reprodução
Publicada em 16 de janeiro de 2018 às 10:45
Governo do Acre pede que hidrelétricas de Rondônia diminuam vazão para evitar isolamento do estado

Enchente de 2014 na BR 364 região do Abunã (Foto: Reprodução)

A cheia do Rio Madeira pode isolar o estado do Acre. Para evitar que isso ocorra, o governo acreano pediu que hidrelétricas em Rondônia diminuam a vazão. A questão é que o Rio Madeira passa muito perto da BR-364 em diversas áreas. E já há regiões onde a lâmina d’agua está a cerca de 1 metro da rodovia. A rodovia corta todo o Acre e liga o estado à capital de Rondônia, Porto Velho. O tráfego de veículos ainda não foi afetado.

De acordo com a governadora em exercício, Nazareth Araújo, com o alerta, o estado pediu à presidência da República e à Agência Nacional das Águas (ANA) que emitam o comando para que as hidrelétricas façam o controle.

 “Nós queremos o mesmo tratamento do princípio federativo que nos garante a valoração e o bem-estar da nossa população tanto quanto a população do Sul e Sudeste, que também têm direito a energia. Mas que haja regulação do sistema pra que a oferta de energia não prejudique, nem isole o estado do Acre.”

Ainda segundo Nazareth Araújo, o pedido também foi assinado pelo governador de Rondônia. Confúcio Moura.  As usinas Jirau e Santo Antônio foram construídas na capital rondoniense e formam o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Em 2014, a BR-364 ficou alagada, gerando uma crise de abastecimento por quase 60 dias no Acre devido ao isolamento. A maior preocupação é na região do Abunã. A diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas, Vera Reis, afirma que o controle deve ser feito pelas usinas.

 “Essa área está sofrendo remanso da usina. E se não houver uma regulação, nós podemos ter efeitos significativos no estado em função do fato de que o alteamento não foi por completo nesta região. A gente considera que hoje a usina, operando e regulando mesmo com 90% da sua força máxima de produção de energia, ela tem condições de evitar que a estrada seja inundada.”

Esta semana, uma Sala de Crise junto à Casa Civil da Presidência da República deve ser criada para acompanhar os extremos climáticos do país e monitorar as hidrelétricas que atuam na região.

A Santo Antônio Energia disse que a decisão cabe ao Operador Nacional e que cumprirá o que for determinado pelo órgão. A Hidrelétrica de Jirau afirmou que monitora a situação e pode colaborar para minimizar o risco de eventuais inundações a partir do controle dos níveis d’água. A ANA informou que aguarda a formalização do pedido do governo do Acre para adotar as devidas providências.

Comentários

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    Francisca 17/01/2018

    Se a rodovia fica antes das comportas, teria q aumentar a vazao..né?

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    Antonio Sepeda 17/01/2018

    Se diminuir a vazão ai lasca tudo. Aumenta-se a vazão. Aliás deve já está ocorrendo isso, ou seja, pir determinação legal a vazão deve ser mantida de acordo com o nível do reservatório. Talvez o desejo exagerado e doloso de querer culpar as usinas pela cheia do rio. Matéria mal editada.

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    Antonio Sepeda 17/01/2018

    Se diminuir a vazão ai lasca tudo. Aumenta-se a vazão. Aliás deve já está ocorrendo isso, ou seja, pir determinação legal a vazão deve ser mantida de acordo com o nível do reservatório. Talvez o desejo exagerado e doloso de querer culpar as usinas pela cheia do rio. Matéria mal editada.

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    Laercio 16/01/2018

    De acordo com meus conhecimentos quem mora no Acre é "Acreensse", tendo em vista a raiz latina do Português e tendo como base outras normativas baseadas nas reformas gramaticais que aconteceram no último século. "Unus quisque mavult credere, quam judicare"

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    Rubens Coutinho -Editor do Tudorondonia 16/01/2018

    Existe até lei sobre esta questão, a conferir: Lei institui termo ‘acreano’ como gentílico oficial no Acre Lei 3.148 foi sancionada e publicada nesta quinta (28) no Diário Oficial. Manutenção passou por análise popular no início deste ano no estado. http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/07/lei-institui-termo-acreano-como-gentilico-oficial-no-acre.html

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    Persona 16/01/2018

    Caro professor, quem mora no Acre, por incrível que pareça, é acriano e não acreano como o senhor apontou!

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    Professor 16/01/2018

    Quem mora no Acre, é acreano, com "E".

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    João Costa 16/01/2018

    Não seria abrir mais comportas para aumentar a vazão ?. diminuir vai represar ainda mais as águas que vem daquela região.

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Winz

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