Falência do Estado - Confúcio corta diárias e combustível, mas mantém folha de pagamento com possíveis "fantasmas"

O ex-governador Caúla entregou o governo com a folha de pagamento do Executivo em R$ 130 milhões, mas Confúcio Moura aumentou as despesas com salários para R$ 190 milhões.

Publicada em 09/11/2012 às 07:48:00

Da reportagem do Tudorondônia

Porto Velho, Rondônia – O governador Confúcio Moura (PMDB) admitiu oficialmente que para reduzir despesas mandou cortar o pagamento de diárias a servidores e também combustível. Ele chegou a encaminhar matéria aos veículos de comunicação informando o caso e também concedeu entrevista a um programa de rádio sobre esse tema.

Devido a essa atitude do governador está faltando combustível em viaturas da Polícia Militar em diversos municípios, como Porto Velho e Ouro Preto do Oeste. Em alguns casos, as rondas foram interrompidas e viaturas ficam paradas em pontos estratégicos e só se deslocam quando acionadas. Não há mais rondas.

Em diversas secretarias o ato do governador também estaria atrapalhando o andamento de trabalhos, porque os servidores pararam de viajar. Quem decide viajar não recebe as diárias.

Apesar dessa tentativa do governador economizar, o deputado Flavio Lemos (PR-Porto Velho) denunciou no plenário da Assembleia Legislativa que o ex-governador João Caúla entregou o governo com a folha de pagamento do Executivo em R$ 130 milhões, mas o governador Confúcio Moura aumentou as despesas com salários para R$ 190 milhões.
O deputado Flavio Lemos duvidou que todos os contratados pelo governador Confúcio Moura estejam trabalhando. Ele deixou claro que pode haver muitos funcionários fantasmas no atual governo.

Além disso, apesar de o governador tentar economizar cortando diárias e combustível, de acordo com Flavio Lemos a roubalheira continua. O deputado chegou a citar um esquema sujo, onde uma empresa estaria recebendo R$ 100 mil por mês para limpar mensalmente uma fossa na Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).
O parlamentar disse que é despejada água da chuva na fossa, para que ela fique cheia a cada 30 dias e assim a empresa possa ser acionada e receber sempre o dinheiro.