Esquema de fraude envolvendo R$ 80 milhões do IPAM foi montado para financiar campanha de reeleição de Mauro Nazif, apontam investigações da PF

Pelo menos quatro envolvidos no esquema de corrupção no município de Porto Velho foram presos nesta segunda-feira pela Polícia Federal.

Publicada em 12 de December de 2016 às 08:47:00

A Polícia Federal, com apoio de auditores da Previdência Social, deflagrou nesta segunda-feira, a Operação Imprevidência, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa dedicada à prática dos crimes de gestão fraudulenta e corrupção ativa, com atuação junto aos Institutos de Previdência de Porto Velho (Ipam) e também de outros cinco municípios de Rondônia.

Setenta e três policiais federais deram cumprimento a 30 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, 19 de busca e apreensão, além de sete de condução coercitiva. Os mandados foram cumpridos nos estados de São Paulo e Rondônia. A Justiça Federal também determinou o afastamento do Presidente do Ipam e a proibição de cinco investigados frequentarem o local.

A investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, corretores de investimentos, lobistas e servidores públicos atuou com o fim de viabilizar a realização de aplicação de R$ 80 milhões do Ipam em fundos de investimentos “podres”, como contrapartida pela injeção de valores na campanha de reeleição do prefeito de Porto Velho.

Para atingir o objetivo, a organização criminosa procurou pressionar e corromper servidores públicos, mediante o oferecimento de propina. A organização criminosa pretendia captar R$ 250 milhões junto aos institutos de previdência de municípios de Rondônia para investi-los em fundos “podres”. Os investigados responderão, na medida das responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção ativa.

Com informações da PF