Em Linhas Gerais: Quando a simples troca de um tubo vira notícia e a arapuca de um negócio milionário deixa de ser

Gessi Taborda

Publicada em 03 de July de 2015 às 10:57:00

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FILOSOFANDO

“A mentira é o único privilégio do homem sobre todos os outros animais” Fiódor Mikhailovich Dostoievski, escritor russo que morreu em 1881.

E TOME FACTÓIDE

Estamos em plena temporada de estiagem em nossa região e o prefeito se esforça para tocar de forma mais explicita os serviços da rotina da gestão, buscando produzir como nunca factóides capazes de alimentar a fantasia de que “trabalha como nunca”, na esperança de reduzir os índices de sua rejeição e assim se viabilizar para a disputa da reeleição no próximo ano.

NÃO É NOTÍCIA

Por isso não chega a ser surpresa que uma simples troca de um tubo na rua Nova Esperança com Tancredo Neves, no bairro Caladinho seja matéria prima de um dos factóides enviados à imprensa no dia de ontem, como isso fosse alguma notícia de valor.

Esse método transforma o governo atual da cidade na “gestão do troca troca”, especialmente em áreas onde como a o trevo da Vieira Caúla, local que tem servido de sumidouro de dinheiro preferido pelos ocupantes da prefeitura, desde os tempos de José Guedes. E, como não poderia deixar de ser, ninguém sabe quanto dinheiro público já correu pelo ralo naquele local e nem o resultado das providências sempre anunciadas pelos órgãos de controle externo.

APOIO ETERNO

O prefeito Mauro Nazif segue a mesma cartilha de seu antecessor, enxergando na massa, especialmente aquela que votou no 40, um contingente que será perene enquanto a (qua!qua!qua!) gestão tiver matéria prima para a produção de factóides que, deve acreditar o prefeito, fideliza exatamente quem mais depende dos favores do poder público.
Afinal, não foi com a utilização dos mesmos expedientes, com programas de governo garantindo a subsistência miserável dos cativados com bolsas famílias e outras mumunhas mais que o famigerado Bob Ali Babá conseguiu dois mandatos de prefeito?

PASMEM

Enquanto o circo vai atuando nesse diapasão antigo, a classe média, que assiste e paga as contas, vai se consolidando como a maioria silenciosa que parece não perceber o tamanho do mal para o futuro de nossa amada Porto Velho.
Essa (vá lá!) gestão de praticamente três anos de paralisia, segue no momento o mesmo roteiro de enganação do antecessor (que se reelegeu), que fez acreditar que aquilo (dos tempos do “eu e a Cláudia”, lembram?) era o certo.

DISCERNIMENTO

As revelações contidas na coluna de ontem (1º de julho) sobre as “pegadinhas” facilmente identificáveis na contratação, a título precário, da empresa permissionária para explorar o transporte coletivo urbano de Porto Velho foi, queiram ou não, mas uma demonstração dos maus exemplos vindos dos gestores públicos rondonienses. Deveriam ter motivado manifestação de homens públicos sobre esse aparente organograma do salve-se quem puder que, pelo visto, domina as ações da municipalidade. Mas, outra vez imperou o complô do silêncio, exatamente como um repeteco do cenário dos tempos em que o PT conseguiu fazer da prefeitura uma autêntica caverna de Ali Babá...

Então podemos estar na iminência de comprovar outro desastre de gestão. Afinal, o crime não tem limites quando se sabe que não haverá punição, ou quando a falta de discernimento das instituições do povo age em favor do morubixaba do momento.

ÚNICA POSSIBILIDADE
Os políticos da terrinha que preferem ficar sempre do lado que a vaca deita são incapazes de uma demonstração sequer de indignação contra os métodos nada republicanos desses que têm a chave do cofre e a caneta, instrumentos tanto utilizados para manter a imprensa amestrada como a fidelidade canina dos que só pensam no voto quando chega a hora das urnas.

CANSAÇO

A cidade está cansada de prefeitos e políticos mequetrefes. E eles só poderão vencer mais uma à custa dos portovelhenses que votam sem pensar. Felizmente o número desse tipo de eleitor cai todos os anos. E esses políticos vão perdendo espaço.
Os fatos afloram. No rumoroso caso da solução “emergencial” e precária do transporte urbano de Porto Velho, os malfeitos vazam pelo ladrão (que palavra!) e vão perdendo o efeito na arte de ludibriar.

COM BARRO

A denúncia foi feita pelo deputado estadual Laerte Gomes (PEN). “O trabalho de tapa-buracos que está sendo realizado na BR 429, nas proximidades de São Miguel do Guaporé, está sendo feito com barro, numa demonstração de incompetência e falta de respeito para com a população da região do Vale do Guaporé”.

MUITO RUIM

Fonte com trânsito assíduo junto a instituições que investigam o “petrolão” comentava ontem, numa rodinha de políticos, que a situação dos rondonienses investigados no imbróglio é muito ruim. O aumento da venda de rivotril na cidade de Rolim pode ser um indício de que o mar não está para peixe.

FORA DO BARALHO

Se Lindomar Garçom quiser disputar de novo a prefeitura de Porto Velho que saia do PMDB. No partido, comentava um peemedebista de alto coturno, o deputado será carta fora do baralho. Pelo menos enquanto o futuro político do deputado, em relação aos riscos de uma punição judicial, não for completamente garantido que não dará xabu.

APROVADA

Mais uma vez o governo rondoniense fez valer o peso de sua maioria na Assembleia. E assim foi aprovada sua proposta de reforma administrativa, numa sessão extraordinária (a primeira do recesso) com muitas polêmicas. Foram criados novos órgãos, incorporados outros e extintos alguns com a finalidade de viabilizar, segundo argumentação da base governista, e dar nova dinâmica à administração pública estadual.
Com a aprovação de ontem (2), foram criadas 282 funções gratificadas (FG's) e a ampliação do quadro de cargos atual de 5.566 cargos para 5.678 incluindo-se (FG's) e CDS’s.