Eleição em Porto Velho está nas mãos da Justiça; campanha ultrapassa as páginas de política e chega ao noticiário policial

Desembargador Gilberto Barbosa, do TJ-Rondônia, diz à revista que Roberto Sobrinho está inelegível; processo que envolveu prisão de Williames Pimentel, do PMDB, é reaberto pela justiça a pedido do MPF, informa a Veja.

Publicada em 24 de August de 2016 às 11:30:00

A reportagem do site de Veja.com  é de Marcela Mattos

Três meses antes do desfecho sobre Donadon, a capital do estado passou por um outro caso de polícia: o ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) forapreso por fraudes em licitações em um desdobramento da Operação Luminus, da Polícia Federal. Ele foi afastado do cargo em 2012 pelas suspeitas de desvios milionários.

Ignorando a fila de processos e de denúncias a que responde, Sobrinho tenta voltar ao comando do município nas eleições deste ano. Em decisão recente, a Justiça manteve, em segunda instância, a condenação do petista por improbidade administrativa, tornando-o inelegível pelos próximos seis anos. Ainda assim, o ex-prefeito insiste em ser candidato.

“O Roberto Sobrinho foi julgado por um órgão colegiado em ação de improbidade em que restou reconhecido que ele agiu com dolo, causou prejuízo ao erário e teve enriquecimento ilícito. Ou seja, ele está enquadrado da Lei Ficha Limpa e, portanto, inelegível. A lei é clara. Acho pouco provável que ele possa reverter a situação”, afirmou ao site de VEJA o desembargador Gilberto Barbosa, relator do caso.

A Procuradoria Eleitoral já pediu a impugnação da candidatura de Sobrinho. “Alguns políticos pensam que são superiores à ordem jurídica”, afirmou o promotor eleitoral Héverton Aguiar. “Se o Roberto Sobrinho for eleito, ele vai ter de ficar entrando com ações judiciais para se manter no cargo por todo o mandato, além de enfrentar as inúmeras ações em andamento”, continuou.

O candidato pelo PMDB, Williames Pimentel, é outro que luta para se desvencilhar de um processo judicial. Ex-diretor da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), foi preso pela Polícia Federal em 2010 sob a suspeita de desviar recursos do órgão vinculado ao Ministério da Saúde. O caso foi arquivado, mas acabou reaberto por força de um recurso do Ministério Público.

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