Disputa acirrada para a ALE/RO - Valdemir Caldas

A disputa para a Assembleia Legislativa de Rondônia nas eleições deste ano está acirradíssima. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE/RO).

Publicada em 17 de July de 2014 às 16:47:00

A disputa para a Assembleia Legislativa de Rondônia nas eleições deste ano está acirradíssima. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE/RO), divulgados no jornal eletrônico Rondonotícias, quatrocentos e quinze pessoas almejam uma das vinte e quatro cadeiras da ALE/RO, o que dá uma média de dezessete candidatos para cada vaga, enquanto noventa e cinco postulam uma das oito cadeiras para a Câmara Federal, ou seja, são onze candidatos por vaga.

É evidente que a lista divulgada pelo TRE/RO poderá sofrer alterações. Alguns registros de candidaturas serão recusados, por problemas os mais diferentes. Muitos postulantes esbararão na Lei da Ficha Limpa. Há, ainda, aqueles que não apresentaram suas prestações de conta de pleitos anteriores ou tiveram suas despesas recusadas.

Porque tantas pessoas buscam um mandato eletivo? Estariam elas verdadeiramente imbuídas do propósito de bem servir à
população, como ensina a boa política? Essas e outras perguntas precisam compor o mosaico das preocupações dos eleitores que acorrerão às urnas nas eleições de outubro.

A política, como ciência, atrai e muito. Como instrumento para chegar ao poder, atrai uma legião de abutres, ávidos com carne necrosada. Os recentes e deploráveis episódios, protagonizados por muitos com assento na ALE/RO, servem para ilustrar o que se afirma acima, com pouquíssimas exceções.

A população rondoniense sabe dos escândalos que marcaram a legislatura que chega ao seu final. Conhece seus mentores e beneficiados. Alguns tentarão a reeleição. Outros, uma cadeira de deputado federal. Quantos milhões e milhões de reais foram desviados dos cofres públicos, enquanto pessoas morreram e continuam morrendo à mingua nos hospitais da rede pública por falta de assistência médica.

Muitos buscam um mandato com a intenção pura e simples de auferir as vantagens que o cargo oferece, não se importando com as reais necessidades da população. Outros querem, mesmo, é meter as mãos sujas no erário, não se importando com o fato de que todo mundo está vendo, sofrendo e repudiando. Há, ainda, os que veem no mandato uma porta larga para a conquista da imunidade. O povo não pode deixar-se inebriar por discursos maleáveis e distribuições de migalhas às vésperas dos pleitos eleitorais.