Pimentel é confirmado como candidato a prefeito pelo PMDB

Com 38 anos de vida pública, Williames Pimentel promete gestão com inclusão social e participação popular.

Publicada em 25 de July de 2016 às 06:30:00

MARA PARAGUASSU

Com o voto de 52 convencionais e um contra, o PMDB homologou em convenção realizada neste domingo, 24, o nome do ex-secretário estadual da Saúde Williames Pimentel como candidato a prefeito de Porto Velho. Lotada, a casa de shows Talismã recebeu militantes, simpatizantes, candidatos a vereador e autoridades do partido, como o governador Confúcio Moura e o presidente da Assembleia Legislativa deputado Maurão de Carvalho. 

O partido encerrou a convenção sem definir o vice-prefeito da chapa de Pimentel, mas ele “está praticamente definido”, disse o presidente do diretório municipal Leandro Low, acrescentando que três nomes são cogitados no DEM, entre eles do pastor Severino Ramos. Leandro disse que a convenção delegou à executiva municipal a continuidade das conversas para formação de alianças e definição do vice, o que deve ocorrer até o dia 5 de agosto, prazo estabelecido em lei.

Já estão na aliança com o PMDB o PRB, PSL, PRTB e PEN. Durante encontro realizado em 9 de julho eles anunciaram formalmente apoio, quando o deputado Lindomar Garçon também disse que não seria candidato dessa vez, para somar com Pimentel. A executiva do PMDB conversa com lideranças do PTN, PSC, PPS e PHS e a aliança pode chegar a dez partidos, segundo o senador Valdir Raupp.   

Com 38 anos de vida pública e sempre filiado ao PMDB, Williames Pimentel é natural de Porto Velho e ocupou durante dez anos, em distintas gestões, o cargo de secretário de Saúde do município. Foi também diretor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), gerenciou projeto de reestruturação da saúde indígena e em 2012 foi nomeado secretário de Estado da Saúde pelo governador Confúcio Moura, solucionando problemas que secretários anteriores não conseguiram resolver.

“Queremos fazer política de inclusão social com participação da comunidade. Queremos políticas públicas voltadas para resultados e, acima de tudo, trabalhar como grande guardião de Porto Velho, com o meu governador, com o nosso governador  Confúcio, que a cidade precisa. O prefeito precisa ter uma dinâmica de ser um grande operário para melhorar a vida das pessoas”, declarou Pimentel.

Williames Pimentel disse ter constatado, na pré-campanha, em reuniões nos bairros da periferia, muito sofrimento, abandono e ruínas. “Há um caos no que é de responsabilidade da prefeitura. A situação é de tal dimensão que as pessoas estão desalentadas com a vida em comunidade, com o coletivo, com o espaço público. Das coisas mais simples, como cuidar das calçadas, recolher lixo de forma organizada e preservar equipamentos públicos. A distância do poder público é tamanha que as soluções são cada vez mais individuais para problemas coletivos”, analisou. “Alguns bairros nem parecem integrados a nossa capital, tão o abandono a que estão relegados.”

“Essa convenção marca um momento emocionante na minha vida. Pela primeira vez sou candidato, num grande partido onde comecei e milito até hoje. Me mantenho fiel, leal e sou soldado. Sou homem de missão, daqueles que acreditam que missão dada é para ser cumprida. Foi assim nos cargos que passei”, disse, relatando as funções públicas exercidas. 

“Por onde Pimentel passou ele fez uma boa gestão”, defendeu o senador Valdir Raupp. “Ele é um gestor duro, enérgico, mas acredito que é disso que Porto Velho está precisando.”  Para o senador, logo o peemedebista assumirá a liderança nas pesquisas, e para isso contribui o fato da deputada Mariana Carvalho e o deputado Lindomar Garçon não terem se candidatado. O deputado fechou com o PMDB.    

Williames Pimentel disse ainda, numa alusão a seu temperamento, que aprendeu na prática a lidar com situações difíceis, “no meio do furação”, e que não poderia “fraquejar em decisão e firmeza porque delas dependiam vidas e famílias”.

“Não aceito irresponsabilidade, não há mais espaço para gestores fracos, vacilantes, omissos e irresponsáveis. A história política de Porto Velho demonstra que gestores com perfil vacilante e sem capacidade de realização só tem um destino: o cemitério político e o ostracismo”, disse, aplaudido pela militância peemedebista.

Os nomes de 32 candidatos a vereador, dois quais dez são mulheres, foram homologados com o voto de 50 convencionais. Três manifestaram-se contra.  

Prestigiaram a convenção a deputada federal Marinha Raupp, o deputado Lindomar Garçon e os deputados estaduais Só Na Bença, Edson Martins e Jean Oliveira.