Semusa executa ações para reduzir índices de sífilis
Infecção aumentou, atingindo números considerados epidêmicos, mas há prevenção
A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho participa no dia 21 do Dia Nacional de Combate à Sífilis, cuja semana teve início nesta segunda-feira (16), com a realização do 1º Seminário em Alusão ao Dia Nacional de Combate a Sífilis e Sífilis Congênita, evento que vai durar toda essa segunda-feira, no auditório Hamilton Raulino Gondin, do Conselho Regional de Medicina de RO.
As ações buscam reduzir a expansão de infecção, com transmissão por relação sexual sem preservativo de um infectado ou pela mãe contaminada para a criança, durante a gestação, com graves consequências para o feto e os recém-nascidos, que vem crescendo no município.
Causada pela bactéria treponema pallidius, a sífilis tornou-se caso de saúde pública e em epidemia no país, com os casos passando de 69 gestantes e 39 congênitos, em 2012, para 187 e 118, respectivamente, até 2016, na capital rondoniense. Isso representa, segundo dados da Semusa, incidência de 15,4 para cada 1.000 crianças nascidas vivas.
Os números retravam quadro apontado como epidêmicos pelos especialistas, “exigindo a capacitação de profissionais na Rede de Atenção Básica e Média e Alta Complexidade para a realização de teste rápido da sífilis pré-natal e no parto”, diz a enfermeira Maria de Lurdes Oliveira, coordenadora de Infecção Sexualmente Transmissível da Semusa.
O tratamento é realizado com penicilina benzatina, disponível nas unidades básicas de saúde de Porto Velho, tanto para a sífilis adquirida como em gestantes. A administração é feita mediante receita médica e, no caso de gestantes, o reste rápido faz-se durante a primeira consulta do pré-natal, com tratamento imediato.
A meta da Organização Mundial da Saúde é que apenas 0,5 de 1.000 nascidos vivos estejam contaminados com sífilis congênita. “O agravamento na incidência de sífilis ocorreu em função de burocracia entre fabricação e aquisição de penicilina para o combate à doença, no período de 2013 a 2015, quando surgiram sinais de epidemia”, diz Manoel Carlos Alves Braga, coordenador de DST/Aids e hepatites virais do Ministério da Saúde.
Para o representante do MS, a iniciativa de Porto Velho em se preocupar com a capacitação de pessoal para identificar e tratar a incidência de casos da doença é importante. Ele informou que o ministério repassou em torno de R$ 280 mil para custeio de ações preventivas às DST/aids.
O secretário adjunto da Semusa, Marcos Vinícius, destacou a preocupação do prefeito dr Hildon em concretizar o combate às doenças sexualmente transmissíveis, apontando a epidemia de sífilis como “problema de saúde pública, destacando entre os motivos, a prática de sexo sem preservativo que contamina mães e também as crianças”.
Através de seu departamento de vigilância em saúde, a Semusa marca com o seminário a semana de conscientização com a realização, sábado (21), do Dia Nacional de Combate à Sífilis, com uma ação de saúde na Associação de Mulheres Madre Teresa de Calcutá.
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